Que o município de Itabuna não reúne condições de gerir de forma satisfatória o Hospital de Base Luiz Eduardo Magalhães, é fato que pode ser facilmente constatado.
E isso independe do prefeito ser o Capitão Azevedo, Zé da Silva ou João das Botas. O problema é que o poder público municipal é absolutamente incapaz de administrar uma unidade médico-hospitalar que atende (ou deveria atender) pacientes de mais de 100 cidades e cuja demanda não para de aumentar.
Some-se a essa absoluta falta de capacidade de gestão, a incontrolável vocação que alguns dirigentes do hospital têm para desviar recursos que deveriam ser aplicados exclusivamente na saúde pública. Os recursos já não são suficientes e o quadro se agrava quando parte deles escorre pelo ralo insaciável da corrupção.
Jamesson Araújo, editor do Blog Agravo, entregou na tarde de hoje (quarta-feira/18) uma carta ao prefeito Newton Lima solicitando exoneração.
O blogueiro teve um forte desentendimento com o secretário de governo Alcides Kruschewsky. No dia 18, no térreo do Palácio Paranaguá, os dois quase tiveram uma luta corporal.
Jamesson vai assumir a coordenação da campanha de Carlos Massarollo, candidato a deputado federal (PMN), que na última sexta-feira, teve sua candidatura validada pelo TRE, após um indeferimento parcial devido a problemas com documentação.
Ao receber o pedido, Newton demonstrou gratidão a Jamesson pelo bom trabalho desenvolvido na campanha de 2008. “A portas estão abertas pra você”, garantiu.
O dono do Agravo assegurou fidelidade ao prefeito, porém, fontes palacianas garantem que ele pretende iniciar uma campanha dura contra o “todo poderoso Cidão” .
A hiper-legislação tem sido uma marca do direito moderno.
No Brasil, ela é cada vez mais freqüente. Mostra-se pujante principalmente no direito penal, mas não só nele.
Da obrigação de vender bananas por quilo à proibição das palmadas na educação familiar, passando pelas minuciosas restrições da propaganda eleitoral, as pretensões do legislador para adequar a sociedade aos bons costumes e regras saudáveis são infinitas.
O excesso de regulação, com nítido caráter moralista, tende a produzir uma hipertrofia das funções do Estado. E, por conseqüência, aumentar sensivelmente o poder e a competência de seus agentes, inclusive os juízes.
Dono de pequena frota de ônibus, que aluga ao município para o transporte de alunos da rede pública de ensino, o vereador ilheense Jailson Nascimento (PMN) tentou alterar um dispositivo da Lei Orgânica que limita em cinco anos a idade dos veículos a serem empregados naquele serviço.
Quem mora em Ilhéus sabe que os ônibus de Jailson são candidatos fortíssimos ao quadro “Lata Velha”, do Caldeirão do Huck. O vereador percebeu movimentação no governo municipal para tirar suas sucatas de circulação e agiu rápido: solicitou ao colega Alzimário Belmonte (o “Gurita”) que apresentasse emenda à Lei Orgânica, prevendo que o limite de vida útil dos ônibus, para uso no transporte coletivo no município, passasse a ser de 20 anos.
A ideia de Jailson Nascimento, que preside o legislativo, era aprovar a matéria a toque de caixa, atropelando o procedimento das comissões técnicas. Só que a operação foi descoberta e a proposta – apresentada na semana passada – voltou para a geladeira.
O presidente da Câmara, no entanto, não desistiu da ideia e está pressionando a administração municipal a deixar suas latas velhas rodando em paz. Ainda que elas representem um sério risco para os estudantes da rede municipal, além de outros clientes dos sucatões, já que o vereador também os aluga para particulares.
Ilhéus vive um período em que muito se fala em desenvolvimento, progresso e geração de empregos. Obras que vão causar impactos ambientais irreversíveis (segundo o EIA da BAMIN) estão sendo debatidas com intensidade. A maioria, infelizmente, deseja o crescimento com destruição, a todo custo.
Porém, na parte sul da cidade, os areais não estão sendo fiscalizados pela secretaria municipal de meio ambiente. Alguns possuem licenças para pesquisa, mas realizam extrações, o que é proibido por lei.
A secretaria não dispõe de estrutura satisfatória, recursos financeiros e servidores de carreira capazes de impedir que os areais clandestinos funcionem.
Esse fato levanta uma dúvida.
Na realização de uma obra com nível imensamente maior de degradação ambiental, como o Complexo Intermodal, o município, com a estrutura atual, terá condições de acompanhar de forma efetiva todos os problemas ambientais que surgirão?
Ontem (terça-feira/17) este blogueiro teve o prazer de assistir uma apresentação maravilhosa do grupo “Prato Feito de Samba”. A elegância do ritmo brasileiro “desfilou” no projeto “Terça Rua Musical”, promovido pela Casa dos Artistas de Ilhéus, no calcadão da rua Jorge Amado.
Rua Jorge Amado durante a apresentação.Potira Castro (voz e efeitos), Fernando Falcão (voz e violão), Lucas Araújo e Pedro Gouveia (percussão) tocaram clássicos do “samba de raiz”, lembrando os grandes mestres: Dorival Caymmi, Cartola, Nelson Cavaquinho, Paulinho da Viola e outros.
Prato Feito de Samba.Abaixo você pode ver um pequeno trecho do show. Se tiver interesse em contratar a rapaziada é so ligar para 73 8834 4684.
Depois que os advogados da FUNAI entraram com três pedidos de Habeas Corpus no tribunal de justiça da Bahia, tentando soltar o Cacique Babau e seus irmãos Givaldo e Glicéria, o caso passou a ser acompanhado pela secretaria nacional de direitos humanos, que constantemente se comunicava (por telefone) com representantes do órgãos envolvidos.
O juiz Jefferson Assis foi convocado pelo TJBA para analisar os pedidos de soltura. Por duas vezes, ele solicitou esclarecimentos ao juiz que decretou a prisão (Antônio Hygino, da comarca de Buerarema).
Hygino demorou para esclarecer o caso ao TJ. Na segunda solicitação, Jefferson Assis iniciou o ofício usando estes termos: “lamentavelmente, em caráter reiterativo, ordeno”.
Os esclarecimentos foram enviados, mas o próprio juiz Antônio Hygino decidiu liberar os três índios. A revogação ocorreu na última segunda-feira (16).