Acontece na próxima terça-feira (8), às 15h, na Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), em Salvador, uma reunião com a participação do secretário Almiro Sena, parlamentares e a rede social de apoio às causas indígenas.
O principal ponto da pauta é a construção coletiva de propostas para a convivência harmoniosa, entre os povos indígenas e não índios, das regiões onde está sendo discutida a demarcação de terras reconhecidas pela Funai como território tradicional.
O encontro foi marcado pelo secretário da SJCDH após ser informado da prisão da cacique Tupinambá Maria Valdelice Amaral de Jesus, na tarde de quinta-feira (3), em Olivença, Ilhéus.
Os diretores da empresa Bahia Mineração estão atordoados. Eles sabem que desde o início o projeto não foi bem recebido pelo IBAMA. Entretanto, difundem uma onda de informações “positivas”, para sufocar a dúvida que pode tomar conta da opinião pública.
Vale destacar que o governo do estado e também o federal estão retendo informações importantes. Na verdade, busca-se manter a população fora do debate, para que prevaleçam os interesses da empresa.
Até quem é a favor do projeto deve exigir informações. Não devemos aceitar que só a “cúpula” saiba o que está rolando.
Na última sexta (04), 3 funcionários da BAMIN estiveram no Makena Resort, onde pediram acesso à praia. Equipados com aparelhos de medição, eles procuraram um ponto onde duas correntes marítimas se encontram. Depois de um tempo, os pesquisadores da BAMIN disseram que o local fica em frente ao hotel.
Porque a BAMIN não acalma essa dúvida. Já que o porto será construído na Tulha, o que ela quer encontrar no Makena Resort?
Será que os rapazes fardados pescavam vermelho-dentão, peixe que deixará de existir no litoral norte, caso o porto saia do papel? (veja o RIMA).
O Blog do Gusmão mantém a notícia de que o IBAMA negou à Bahia Mineração, a licença de construção do porto em Ponta da Tulha (clique aqui).
Nesta semana traremos mais informações sobre o assunto. É só aguardar.
O editor-chefe da revista The Economist, a maior e mais importante revista de economia do planeta, conversa sobre a sustentabilidade do crescimento econômico brasileiro no cenário globalizado.
Nesta entrevista à Globonews, John Micklethwait alerta que uma economia baseada na exportação de commodities (soja, petróleo, minério de ferro e etc.) geralmente não faz grandes avanços. Ele cita o exemplo do mundo árabe, onde a riqueza oriunda da exploração do petróleo ficou nas mãos de uma minoria rica. “Se pegar petróleo e não transformar em nada, outra pessoa ficará com boa parte do valor agregado”.
A discussão sobre commodities é pertinente ao Sul da Bahia, onde os governos estadual e federal querem destruir uma extensa área de mata atlântica, para construir um complexo intermodal (ferrovia, porto e aeroporto). O empreendimento logístico facilitará a exportação de minério de ferro, cuja maior interessada é uma empresa do Cazaquistão, fantasiada com o nome Bahia Mineração.
Veja a entrevista, que trata também de outros assuntos.