
Do blog Esporte Fino.
A experiência da África do Sul, primeiro país em desenvolvimento a sediar uma Copa do Mundo padrão Fifa, continua rendendo lições importantes para o Brasil. Nesta semana, veio do país africano mais um alerta importante. As construtoras que ergueram os estádios e realizaram outras obras em pelo menos cinco cidades são acusadas de formar cartel e combinar preços mais altos para tirar dinheiro dos cofres públicos.
Segundo reportagem da Associated Press, cinco cidades sul-africanas estão processando as construtoras que atuaram na Copa do Mundo de 2010: Johannesburgo, Cidade do Cabo, Durban, Port Elizabeth e Polokwane. Elas cobram na justiça 3,9 bilhões de rands (US$ 394 milhões) em prejuízo.
Apenas na construção do estádio da Cidade do Cabo, que custou US$ 730 milhões, o sobrepreço pode ter sido de US$ 220 milhões, de acordo com cálculos da Associação de Governos Locais Sul-Africana.
A cobrança se segue a um outro processo no qual 15 empreiteiras aceitaram pagar multas de US$ 147 milhões para evitar a tramitação de um processo na justiça sul-africana na qual eram acusadas de fraudar projetos feitos no país entre 2006 e 2011, incluindo alguns da Copa do Mundo.