Na Espanha, o arcebispo de Granada, Javier Martínez, causou polêmica. Numa missa, ele afirmou que, o estupro é válido em mulheres que já fizeram aborto.
Para Martínez, “matar uma criança dá ao homem a licença absoluta, sem limites, de abusar do corpo desta mulher, porque ela trouxe a tragédia para a própria vida“. As informações são do jornal argentino Diário Registrado.
A postura do líder católico ataca a Lei de Aborto, aprovada no primeiro ano do governo de José Luis Zapatero (2004-2011). O dispositivo legalizava o aborto para mulheres com até 14 semanas de gravidez, ou em 22, no caso de risco para gestante. Contudo, pode ser revogado pelo recém empossado Partido Popular. Legenda conservadora e ligada à Igreja Católica.
O arcebispo sentenciou ainda que, os crimes cometidos pelo nazismo não eram tão repugnantes quanto o aborto.
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Comentário do Blog
A religião tem seu lugar na história e sua importância para o sujeito que nutre crenças supranaturais. Não é vetado às instituições religiosas o seu posicionamento político e sua difusão. Contudo, a cisão, entre o Estado e essas entidades, foi uma conquista cara, para o atravancado caminho da democracia. Qualquer passo que volte a estreitar essas relações significa retroceder à teocracia.
A efervescência política do cenário brasileiro é também palco para a ameaça teocrática. Sob a égide da moral, o fundamentalismo religioso infesta os espaços públicos.
2 responses to “PARA ARCEBISPO ESPANHOL, MULHERES QUE ABORTAM MERECEM O ESTUPRO”
“Nutre” e não “Nutri”.
Além disso, totalmente equivocada a relação entre a declaração de um arcebispo da Espanha com o cenário político brasileiro. Pareceu mero pretexto para demonstrar o incômodo com a representatividade de religiosos na bancada política.
Não sei por qual motivo não se protesta contra as diversas bancadas – tão danosas quanto – existentes no meio político.
Comentário infeliz o do religioso. Muito, muito infeliz.
“Nutre” e não “Nutri”.
Além disso, totalmente equivocada a relação entre a declaração de um arcebispo da Espanha com o cenário político brasileiro. Pareceu mero pretexto para demonstrar o incômodo com a representatividade de religiosos na bancada política.
Não sei por qual motivo não se protesta contra as diversas bancadas – tão danosas quanto – existentes no meio político.
Comentário infeliz o do religioso. Muito, muito infeliz.