POR QUE RÁDIOS DE ILHÉUS NÃO TOCAM AS MÚSICAS D’OQUADRO?

Por Thiago Dias
Esta pergunta me inquieta há anos. Em 2012, o lançamento do disco homônimo d’OQuadro agravou a inquietação. Por que uma banda ilheense de sucesso nacional e internacional não tem suas músicas executadas nas rádios da própria cidade?
Desde outubro de 2012, dedico um bom tempo à audiência das rádios ilheenses e nunca ouvi uma música d’OQuadro sendo transmitida por elas.
OQuadro é uma banda de Hip Hop. Não podemos dizer que esse gênero musical está fora do cotidiano das rádios de Ilhéus. Ao contrário, cantores desse estilo gozam de bom espaço na programação, especialmente, os norte-americanos (cujas canções mais difundidas têm forte apelo romântico e sexual).
Cantadas em português agressivo e sofisticado, carregadas de ironia e senso crítico, as músicas do grupo ilheense parecem não agradar quem teria o poder de apresentá-las à população local. Alguém arrisca opinião sobre o motivo?
Rádios influenciadas por grupos conservadores divulgariam uma música como “Tá Amarrado”? Como elas poderiam propagar o verso “a resistência do Pai de Santo contra o discurso do pastor”?
A poesia d’OQuadro não cabe na programação dos valores hegemônicos difundidos pelas rádios de Ilhéus. O grupo se afirmou e resiste com a força universal da sua obra e o acolhimento daqueles que são tocados por ela.
JABES PODE RESPONDER NA JUSTIÇA POR “FRACASSO” DA EDUCAÇÃO

Em 2013, segundo o Conselho Municipal de Educação (CME) de Ilhéus, cerca de 30 escolas municipais tiveram o ano letivo de várias turmas invalidado, porque não ofereceram as condições mínimas para a realização das atividades escolares.
O problema afetou principalmente o calendário das escolas da zona rural. De acordo com Reinaldo Soares (presidente do CME), a Secretaria da Educação de Ilhéus não conseguiu apresentar um plano de reposição de aulas adequado, que pudesse cumprir o mínimo de 200 dias letivos ou 800 horas de aula.
Segundo o relatório-denúncia do conselho, ao contrário do que alega o governo Jabes, a greve dos servidores municipais não tem relação com o problema de boa parte das turmas cujo ano escolar foi invalidado, pois a maioria acumulava defasagem acima de 40 dias letivos até julho, antes da paralisação dos professores.
Outras escolas que também tiveram problemas para cumprir o calendário só iniciaram o ano letivo em outubro. Estas sim foram penalizadas pelos últimos dias da greve (encerrada no dia 07/10/2013). No entanto, de acordo com Reinaldo Soares, a Secretaria de Educação também não apresentou um plano de reposição de aulas adequado para o caso desses colégios.
Segundo reportagem do Blog Agravo e do Jornal Bahia Online, com a decisão do conselho, o prefeito Jabes Ribeiro (PP) pode responder por ato de improbidade administrativa. Nesse caso, JR teria que explicar à justiça onde e como seu governo aplicou os R$ 27,9 milhões que a Prefeitura de Ilhéus recebeu em 2013 para realizar investimentos no sistema educacional.
NANA FEST ILHÉUS E A SAGA DA MEIA-ENTRADA
