Por Diêgo Brito

Na atual conjuntura política em que vivemos, cada vez é mais claro as relações intrínsecas entre o aporte financeiro e o poder político. Tais relações se manifestam agudamente nos períodos eleitorais, onde somos inundados por campanhas milionárias, onde as doações a determinados políticos não passam de investimentos, que mais cedo ou mais tarde terão seus retornos assegurados, sejam por meio de licitações e contratos milionários, como o caso notório mais recente de escândalo em nosso país, desmascarado através da Operação Lava-Jato da Polícia Federal, onde inúmeros executivos de grandes empreiteiras foram presos junto a importantes diretores da Petrobrás, ou por outros meio escusos ainda a serem revelados. De qualquer forma, podemos constatar que o financiamento privado de campanha é um dos principais subsidiários da corrupção em nosso país.

A fim de mudar essa realidade, vários setores que se entendem enquanto esquerda em nosso atual espectro político realizaram um plebiscito em todo território nacional onde foi perguntado se à população era a favor ou contrária a realização de uma constituinte exclusiva e soberana para a reforma do sistema político. Foram colhidos mais de 7 milhões de votos, e a maioria esmagadora se posicionou favorável a tal pleito. A assembleia constituinte se restringiria a decisões a respeito do sistema político, e seus membros seriam exclusivos, ou seja, seriam eleitos somente para esta finalidade, depois a mesma seria demovida.

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