A vocalista da Banda Vingadora, Tays Reis, afirmou que a música Paredão Metralhadora tem um viés feminista, pois prova que a mulher pode comandar a “arrochadeira”, universo cultural dominado por homens.
Tays concedeu entrevista hoje (8) à agência de comunicação da Prefeitura de Salvador. Além de falar sobre o sucesso da banda que estreou esse ano no Carnaval da capital, usou uma metáfora cristã para resumir a ascensão meteórica do grupo. Segundo ela, sua vida “mudou da água para o vinho”.
Itabuna já registrou o óbito de um feto vítima de microcefalia cuja mãe foi contaminada pelo zika vírus. Esse pode ter sido apenas um sinal do que está por vir.
De acordo com o secretário municipal de saúde Paulo Bicalho, em 2015 o número de casos de zika vírus superou os de dengue no município. As duas doenças são transmitidas pelo Aedes aegypti, assim como a febre chikungunya.
Bicalho falou sobre o tema quinta-feira (4), durante reunião no Rotary Clube de Itabuna. “A grande preocupação é saber que em praticamente todas as residências existem pequenos focos de larvas, a exemplo de um simples bebedouro de parede ou um reservatório de água da geladeira”.
Guerra
Segundo Paulo Bicalho, nesse momento a principal missão da secretaria “é descobrir e eliminar os focos das larvas em todas as residências, empresas e em áreas habitadas ou não, na tentativa de acabar com o mosquito Aedes aegypti”. A prefeitura obteve autorização judicial para atuar até nas casas onde os proprietários se recusarem a receber os agentes de endemia.
Destaque indesejado
Itabuna se destaca como um dos municípios mais afetados pelas doenças transmitidas pelo Aedes. A cidade já registrou 6.299 casos suspeitos de zika vírus. Na Bahia, está atrás apenas de Salvador (18.372) e Camaçari (7.391). Os dados estão no décimo segundo boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Estado (janeiro de 2016).
Contaminação
Estudos recentes demonstraram que o zika vírus pode ser transmitido também por meio da saliva e de outros fluidos corporais, o que aumenta significativamente seu potencial de disseminação e preocupa ainda mais as autoridades públicas.
O Carnaval não interrompeu as atividades do Movimento Raiz em Ilhéus. O grupo voltou a se reunir na tarde de sexta-feira (5). Esse foi o primeiro encontro depois da vigília cidadã que marcou quarta-feira (3) o lançamento do Círculo Cidadanista da Raiz no município. O ato contou com a palestra do advogado Diran Filho sobre os direitos dos consumidores da Coelba.
O tema concentrou as atenções da reunião mais recente, quando o coletivo decidiu que vai denunciar a companhia elétrica ao Ministério Público do Estado da Bahia.
De acordo com o movimento, falhas recorrentes da rede elétrica têm prejudicado comerciantes e moradores. Em protesto, no final da tarde de quinta-feira (11), os ativistas vão realizar um apagão simbólico desligando as lâmpadas das suas residências. Depois seguirão para a praça do bairro Pontal (Praça São João Batista), onde vão acender velas para representar as falhas da Coelba num ato silencioso.
Arnaldo Souza e Isaac Albagli. Imagens: Facebook e O Tabuleiro.
O agente de trânsito Arnaldo Souza disse a este blog que é perseguido pelo governo Jabes Ribeiro. Segundo ele, a Superintendência de Trânsito da Prefeitura de Ilhéus cortou o equivalente a vinte dias do seu salário de forma ilegal.
Arnaldo afirma que foi obrigado a deixar de trabalhar na rua para cumprir função interna, pois notificou veículos usados por servidores municipais, a exemplo do secretário de infraestrutura e trânsito Isaac Albagli. No dia 9 de dezembro de 2015, registrou infração do veículo que o gestor costuma usar. Segundo o agente, o carro estava parado em local proibido.
No mesmo dia, afirma o agente de trânsito, o chefe de fiscalização Carlos Campos (Gaguinho) perguntou se ele havia notificado o carro do secretário Isaac. Gaguinho teria dito que recebeu ordem para colocar “pocando” em Arnaldo.
Na última quinta-feira (5), Arnaldo perguntou ao então superintendente interino de trânsito Isaac Vinhas, que deixou o cargo no dia seguinte, por que teve a maior parte do seu salário cortada (o corte foi de R$ 604,26). Vinhas o respondeu que foi pelos “vinte dias que você ficou na rua trabalhando e não obedeceu, […] determinação nossa tem que ser cumprida”.
O agente de trânsito perguntou a Isaac Vinhas: “por que eu tenho que ficar na base?”. “Questione a Isaac Albagli”, respondeu o ex-superintendente.
Vinhas também afirmou a Arnaldo que o corte do salário será mantido. “Se retirar, vai ser por parte do pessoal do administrativo”.
Arnaldo alega que desobedeceu a determinação apenas num dia, quando trabalhou fora da base. E questiona: “por que um agente de trânsito não pode trabalhar na rua?” Além disso, ironiza o cálculo do corte do seu salário. “Como cortaram vinte dias? Eu trabalho por escala. Cada dia que falto vale por três. Como chegaram a vinte? Vinte não é múltiplo de três”.
Na sexta-feira (5), Arnaldo encaminhou comunicado interno para o secretário de administração Ricardo Machado. No documento, entre outras providências, pede a reposição do seu salário e a abertura de processo administrativo contra o secretário Isaac Albagli – confira aqui. Também apresentou a documentação que reuniu ao Ministério Público do Estado da Bahia.
O secretário Isaac Albagli não atende ligações do Blog do Gusmão. Prefere responder por meio da secretaria de comunicação social.
Arnaldo nos enviou gravação de uma conversa. Segundo ele, a voz de um dos interlocutores é a de Isaac Vinhas. Ouça.
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O coeficiente de incidência de dengue considera o número de casos da doença a cada grupo de cem mil habitantes. De acordo com o boletim epidemiológico de 13 de janeiro da Secretaria Estadual de Saúde, nesse quesito, Itabuna e Ilhéus tiveram os piores resultados da Bahia em 2015.
No ano passado, Itabuna registrou incidência de 3017,01 casos prováveis de dengue, maior proporção de toda a Bahia. Ilhéus ficou em segundo lugar, com 2853,85. Simões Filho, terceiro município desse ranking nada honroso, computou 1799,74.
O Carnaval, teatro perfeito da alegria, é palco das representações onde se mistura o real com o imaginário. É também expressão da alegria e da crítica sobre a realidade. Talvez refletindo tais possibilidades, o prefeito Jabes Ribeiro, considerando o espaço lúdico do carnaval, com a desfaçatez que lhe é característica, achou que poderia brincar com a inteligência dos ilheenses.
Jabes, após três anos de desastre administrativo, com um corolário de denúncias contra sua gestão, e prática política assentada no ódio e na vingança, pensou que conseguiria usar a mística do carnaval e mistificar a realidade. Na saída do bloco Zé Pereira, no tradicional bairro do Pontal, o prefeito Jabes imaginou que estava num espaço de pura descontração e inexistência de massa crítica para fazer mais uma enganação.
Resultado: a vaia foi sonora.
E por que as vaias? Ora, é em função da cidade já conhecê-lo de outros carnavais. O povo, tratado pelo prefeito como bobo da corte, sabe que ele cultiva a mesma máscara pitoresca e surrada, devidamente reconhecida. Por isso, essa máscara caiu com uma vaia grandiosa, revelando a verdadeira face do canarinho do caô. Viva os ilheenses.