
Do site Ciclo Vivo
O projeto irá monitorar a quantidade de agrotóxicos nas águas superficiais, especialmente glifosato e antrazina.
No Oeste do Paraná, uma das principais regiões de agropecuária intensiva no País, um estudo inédito sobre a contaminação das águas por agrotóxico começa a ser produzido graças a uma parceria entre Itaipu Binacional, Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila). O projeto irá monitorar, nos próximos dois anos, a quantidade de agrotóxicos nas águas superficiais (especialmente glifosato e antrazina).
Maior consumidor mundial de agrotóxicos, o Brasil conta com diversos estudos que apontam o alto grau de contaminação da produção agrícola nacional. Um deles é o relatório da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), que, no ano passado, revelou que 70% dos alimentos produzidos no País contêm resíduos de agroquímicos. Porém ainda são poucos os estudos que medem essas substâncias no ambiente.
“Esse trabalho vai permitir dimensionar essa problemática”, afirmou o diretor de Coordenação da Itaipu, Nelton Friedrich, na abertura do evento. “O alimento número um é a água. Todos os demais alimentos (e também a vida) dependem dela. E o contaminante número um da água é o agrotóxico”, acrescentou.
Metodologia
Segundo o Instituto Paranaense de Desenvolvimento (Ipardes), o Paraná consumiu 10,4 milhões de quilos de em 2011. Na Bacia Hidrográfica do Paraná três (região de 800 mil hectares que abrange 29 municípios e que corresponde à área de drenagem da bacia do Paraná conectada com o reservatório da Itaipu), a utilização de agrotóxicos está acima da média do estado, chegando a 11,5 kg/hectare/ano. Na região, 62% do território é destinado à produção agropecuária.
Muito importante, ou melhor importantíssimo este estudo irá fornecer elementos para que se possa controlar a comercialização e o uso destes pesticidas que provocam imensuráveis danos ao ambiente e a saúde, motivo pelo qual já são banidos em muitos países do mundo Europa e estados Unidos, mais continuam ganhando muito dinheiro no brasil e contaminando nosso ambiente e adoecendo nossa gente.