Por Thiago Dias.
Conheci Emílio Gusmão, criador e editor deste veículo, no segundo semestre de 2007, numa aula do professor Otávio Filho, no curso de comunicação social da UESC. Emílio havia acabado de criar o Blog do Gusmão. Ganhara destaque com a cobertura jornalística do processo de impedimento do então prefeito Valderico Reis. Estudioso e entusiasta da cibercultura, Otávio apresentou o trabalho do blog à turma de calouros como exemplo de viabilidade profissional para a comunicação em Ilhéus. Tinha razão.
Em 2013 ingressei no Blog do Gusmão. Por cinco anos, convivi e aprendi com o seu criador. As discussões acadêmicas são importantes porque abrem os caminhos do pensamento, mas foi aqui, no dia a dia da redação, que tive a oportunidade de aprender sobre o webjornalismo e o papel da imprensa numa cidade como Ilhéus.
Digo com tranquilidade: essa jornada me valeu a graduação mais valiosa, a de um saber-fazer. Emílio Gusmão foi o professor que iniciou bons profissionais que hoje atuam na comunicação ilheense. Isso soa pretensioso – e há mesmo muita pretensão em todo o dizer, especialmente quando a palavra se submete ao controle das opiniões e da lei. Como o próprio Gusmão gosta de citar, não lembro se em referência a Brecht ou a Abujamra, “enforque-se na corda da liberdade”.
Hoje, Emílio solicitou minha opinião sobre a Vakinha, campanha para arrecadar o dinheiro necessário ao pagamento dos advogados que defendem o blog em quatro processos judiciais movidos pelo prefeito Mário Alexandre (PSD) e o secretário de administração Bento Lima. Não encontrei nenhum modo de opinar sobre o caso que não passasse pela retrospectiva feita acima.
Conheço a família Gusmão há muito tempo desde que Emílio cursava a faculdade de comunicação social. Vivo mais fora de Ilhéus justamente por falta de oportunidade, faço um trabalho missionário sem fins lucrativos, sou muito participativa em comentários e sempre tenho participado deste blog e considero sério e portanto acredito no potencial do ser humano que é o Emílio. Nada disso vai abalar sua estrutura, pois um bom profissional não se deixa abalar com algo corriqueiro e de tão pequena insignificância. Ilhéus conta com você Emílio !!!