
O presidente da Associação dos Professores Profissionais de Ilhéus (APPI), Osman Nogueira, disse ao Blog do Gusmão nesta segunda-feira, 4, que alguns servidores municipais afastados pelo prefeito Mário Alexandre estão depressivos. O afastamento em massa de 268 funcionários ocorreu no último dia 07 de janeiro (veja a lista).
“Se não fossem as atividades do sindicato que procuram levantar o moral dessas pessoas, algumas já teriam cometido alguma besteira contra si mesmas. Outras sequer conseguem levantar da cama”, disse o sindicalista.
Nos últimos dias, o sindicato tem feito campanha para arrecadar cestas básicas para os servidores que já estão em dificuldades financeiras. Nessa terça-feira, 05, a arrecadação de donativos será no Centro de Convenções Luis Eduardo Magalhães, durante a Jornada Pedagógica promovida pela secretaria municipal de educação.
Os servidores aguardam julgamento do recurso no TJ/BA contra a decisão do juiz Alex Venicius Miranda, da 1ª vara da fazenda pública de Ilhéus, que motivou o ato administrativo do prefeito. Antes de assinar o decreto, Mário Alexandre prometeu não afastar ninguém até o último recurso judicial possível.
De acordo com Osman Nogueira, o decreto do prefeito tem vários erros. Dentre eles, afastou pessoas reintegradas pela Justiça do Trabalho, sindicalistas com direito à imunidade e funcionários que já haviam aderido ao Plano de Demissão Voluntária (PDV). Os equívocos deram origem a recursos administrativos já protocolados.
“O prefeito até agora não pagou a multa de 40% do FGTS determinada por uma sentença judicial. Queremos também que ele pague os sete dias tralhados do mês de janeiro, uma vez que o decreto afastou temporariamente”, disse Nogueira.