Por Mohammad Jamal.
Um olhar sobre a truculenta violência exibida por supostos concessionários do poder entronizados na Corte do governo em data da coroação do Rei. Te encho de porrada; te quebro no pau (vergão); te mando ao pelourinho, seu isso, seu aquilo… (Que acho assaz prudente omitir as nomenclaturas). Você não sabe com quem está falando! Coitado, esqueceu a própria personalidade e aquela enorme placa onde se inscreve “SOU PODEROSO”!
As perdas momentâneas do autocontrole, do equilíbrio emocional, da razão ou, o tal do “ir pra cima”, tinham em recente passado, raras e pontuais ocorrências episódicas. Com o evoluir do tempo, passou à condição de usual e corriqueira, sobretudo, quando nos referimos às emolduradas classes sociais mais altas e, àquelas ligadas ao poder político direta ou indiretamente, cujas personagens são mais susceptíveis e vulneráveis a esses convulsivos chiliques midiáticos; claro, sem se dar conta da própria vulnerabilidade na fugaz labilidade do ambiente político, seus gradientes hierárquicos, seus humores. – na Rússia Czarista, a esposa ou mãe do general era investida ao posto de “Generala”! Encontre em O Idiota,( Dostoiévski) a Nastássia Filíppovna, nas obras de Sergueievitch Pushkin, Nicolai Gogol, etc – Não raro, essas refregas de furor na sua quase totalidade, não passem de simbólicos cânticos de guerra territorialista, como o dos pássaros que delimitam suas áreas de alimentação ou dos sapos-boi que bufam contra invasores que se insinuam para suas sapas no seu charco. Nada que se conclua em olho roxo; dentes amolecidos, galos e pintos à cabeça (pintos galinhos) ou coisa que exija uma visitinha ao médico particular ou o disfarçar-se atrás de um óculo escuro de alguma grife famosa tipo Oakley; Fendi ou Prada, dentre outras preciosidades mais caras do mundo Top. Chilique é coisa de gente chique; grã-fina e importante. Não é pra nós não. Aqui em baixo, no proletariado, agente sai é no pau, na porrada mesmo; depois vai pra fila do SUS, sem frescuras ou pudores tomar uns pontos; curar as lesões corporais, sem B. Os. Raras diferenças ficam pra depois.
Povo quando azeda, é porque sofre de Síndrome congênita da Brutalidade Social Periférica. Famosos quando se exaltam é Síndrome traumática pós-estresse ou, o tédio existencial, longe de Aspen, Veneza, Paris… Quando os sintomas são mais brandos dizemos que a pessoa tem episódios de descontrole emocional, mas quando são tão intensos a ponto de causar graves prejuízos pessoais pode caracterizar um transtorno bipolar, comuns em Secretários e outros serviçais. Tem também a distimia, que refere ao “mau humor” continuo, considerado como um tipo de depressão. Quando não faz parte da personalidade desta pessoa, tendo sido iniciado, quando em políticos, a partir de algum momento específico e nunca mais retrocedeu depois de mandatos consecutivos ou intercalados. São as pessoas que tem a irritabilidade como uma característica marcante e constante, quando no poder. São ameaçadores, desconfiados, combativos e destrutivos. Talvez por decorrência da má interpretação das intercorrências da própria existencialidade… A vida é tão fugaz. No derradeiro momento da morte, todos exalam o mesmo fedor, sendo que alguns até necessitam socorro, porque no final cagam e urinam a cama, a despeito do dinheiro, da classe social; o do poder… Sem privilégios com o Ceifador.
As pessoas emocionavelmente inflamáveis e explosíveis são aquelas que têm a irritabilidade como uma característica marcante e permanente. São ameaçadores, desconfiados, arrogantes, combativos, irascíveis e destrutivos. Se você tem a agressividade exagerada e, por qualquer motivo perde a razão, grita, xinga as pessoas; faz gestos obscenos; pode se tornar indesejada no ambiente social e profissional. Afinal, ninguém gosta de conviver com alguém que, intolerantemente, possa explodir a qualquer momento. A raiva convertida em agressividade intensa é também um comburente perigoso, pois, o colérico raivoso não pode prever de que maneira a pessoa que é alvo de sua cólera vai reagir. Não raro, vemos em noticiários que brigas banais no trânsito, por exemplo, terminem em morte. Portanto é bom tomar cuidado com ataques súbitos de furor verbalizado tanto quanto àquele em que o furioso empunha em riste o dedo anular com definida conotação performática de invasor reto proctológica! O dedo fálico do urologista atemoriza até os mais despudorados valentes.
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