Por Natália Lima.
Fevereiro, sexta-feira e me pego fechando a minha tarde fervorosa de verão concluindo a leitura de Os Segredos do Pai-Nosso, de Augusto Cury. Sinto a necessidade de compartilhar com o máximo de pessoas a minha experiência diante de tamanha brandura que é este livro. Com milhões de exemplares vendidos somente no Brasil e que, ao final, para a minha felicidade, descobri que possui continuação. Peço que antes de julgar pelo título e achar que se trata de um assunto de cunho moral e religioso, você se questione como o Autor da existência criou tudo o que conhecemos. Se você é daqueles que acreditam na hipótese “Deus não existe”, apenas pense: como tudo pode ter surgido de um nada existencial? É impossível. Por mais que você não acredite na figura de Deus, biblicamente falando, é impossível algo despertar do seu mais profundo vácuo existencial e criar toda a realidade que nos cerca. Nenhuma ideia ateísta ou evolucionista e muito menos alguma teoria da formação do Universo podem banir a ideia de uma força superior a tudo que conhecemos. Por isto, caro leitor, peço que aproveite esse breve artigo para expandir a mente e libertar-se do cárcere que são as crenças limitantes. Cury me ensinou muitas coisas ao decorrer dessa leitura e, dentre elas, aguçar a curiosidade para toda história que me for contada.
O livro é uma profunda reflexão da oração do Pai-Nosso. Singela e complexa, calma e incendiária, inofensiva e desafiadora. Estas são as palavras usadas por Augusto Cury para se referir a essa belíssima oração dita por Jesus para emancipar as mentes e os corações humanos. Pós-graduado em Psicologia Social, o autor mostra todos os aspectos da oração mais conhecida no mundo do ponto de vista da psicologia, da filosofia e da sociologia passando por áreas como a espiritualidade, saúde psíquica, educação e desenvolvimento da inteligência. Analisa verso por verso e revela códigos usados por Jesus para falar do Pai-Nosso. Segundo Cury, Jesus quis dizer minuciosamente com tudo isso que se o ser humano não agir, Deus não age. Ou age pouco. A liberdade de Deus encontra limites na liberdade humana. E, ah, antes que eu me esqueça, o Autor da existência é igual a todos nós. Pensa, chora, sente, clama por amor e atenção. Ficou curioso? Realmente, vale muito a pena se entregar à cada página desse livro.
Discutindo o ateísmo e debruçando sobre as várias correntes de pensamento de Nietzsche, Diderot, Voltaire e Freud, fica difícil não querer ler tudo e descobrir o final dessa análise profunda da alma de Deus para nos ajudar a buscar explicações para a nossa existência. Acredito que todo mundo já cogitou ou questionou, em diferentes níveis, algo que transcende nossas limitações. E eu faço jus às palavras de Augusto Cury em Os Segredos do Pai-Nosso para finalizar a minha indicação de leitura, reafirmando suas palavras quando diz que “a oração é a mais democrática forma de comunicação humana”.
Natália Coutinho Rocha Lima é estudante de jornalismo da Unime.