Notinhas.

Fontes ligadas ao prefeito de Ilhéus disseram ao BG que ao decidir não fazer o Carnaval 2020, Mário Alexandre busca, na verdade, uma reaproximação com o eleitorado evangélico.
Grande parte deste segmento, muito conservador, enxerga o carnaval como “festa do “demônio” ou “da carne”.
Ao decidir não bancar os festejos do “Rei Momo”, Marão sinaliza o desejo de reconquistar parte do público evangélico neopentecostal, que em 2018 praticamente rompeu com a mãe do prefeito, a então deputada estadual, Ângela Sousa (PSD), que não conseguiu a reeleição.
Mário Alexandre não é bem visto pelos “crentes”, pois adota publicamente comportamento hedonista, ao contrário da mãe que é uma típica integrante da Igreja Assembleia de Deus.
O prefeito gosta de festas, costuma dar “reboladinhas” em palcos e não tem receio em esconder a sua predileção por bons vinhos.
De uns tempos pra cá, percebeu que o eleitorado evangélico de Ilhéus é imprescindível e para recuperá-lo, tem adotado postura conservadora em relação ao carnaval.
Marão tem seguido os passos do prefeito do Rio de Janeiro, bispo Marcelo Crivella, que some da cidade no carnaval e tem diminuído o apoio aos blocos e escolas de samba.
Crivella tem realizado a festa a contragosto, forçado pela imprensa e pela cultura tradicional do samba carioca que envolve milhões de pessoas.