
Uma pastora evangélica. Um padre católico. Um médium espírita.
Por Julio Gomes.
Causou forte comoção em todo o Brasil o caso da líder evangélica e Deputada Federal pastora Flordelis, eleita em 2018 pelo PSD do Rio de Janeiro – a Mulher mais votada naquele estado, com quase de 200 mil votos – que hoje se encontra indiciada pela Polícia e denunciada pelo Ministério Público sob a grave acusação de ter sido a mentora e, junto com os demais membros de sua família, ter assassinado seu próprio marido, o pastor Anderson do Carmo.
Também recentemente tornou-se um escândalo de proporções nacionais a acusação que recaiu sobre o padre Robson de Oliveira, responsável pelo Santuário Basílica de Trindade, em Goiânia. Fundador e presidente da Afipe, entidade responsável pelo Santuário, o religioso, além de ter de explicar a compra de fazendas, casas de praia e outros imóveis de luxo, também é acusado de, sob extorsão por parte de um homem com quem mantinha um relacionamento, ter desviado a alta soma de 120 milhões doados por fiéis àquela entidade.
Por fim, há o caso do médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, acusado de ter cometido mais de 300 estupros e recentemente condenado a 40 anos de reclusão em regime fechado por ter estuprado cinco mulheres durante “atendimentos espirituais” em Abadiânia (GO), segundo informações divulgadas pelo Tribunal de Justiça de Goiás.
Uma pastora evangélica. Um padre católico. Um médium espírita.
Não, não venham agora dizer que eles não são ligados às instituições pelas quais se tornaram conhecidos, porque até antes de cada escândalo – ou crime – nenhuma pessoa, em nenhuma destas três respeitáveis correntes religiosas, jamais os desautorizou ou se pronunciou fazendo qualquer tipo de ressalva às suas condutas. (mais…)