Golden Trip de Brasília, manhã de um dia de trabalho qualquer.
O secretário de administração de uma bela cidade litorânea chega ao hotel para conversar com dois representantes de uma empresa pública. A dupla estava hospedada no mesmo apartamento.
Depois de falar com os recepcionistas, o secretário recebe autorização para subir até o leito 606, no sexto andar.
Após usar o elevador e bater três vezes, a porta do apartamento é aberta.
Saudações cordiais e costumeiras, os três decidem sentar nas duas camas ainda desforradas.
– Preciso que vocês dois gravem meu contato no Whatsaap. Pode ser? –
– É claro! – Responde um e o outro balança a cabeça positivamente.
Ao perceber que cada um manuseava celular, o secretário pediu os aparelhos abruptamente, levantou-se e foi em direção ao aparelho de TV ligado na Globo. Ana Maria Braga brincava com o Louro José e o som não incomodava.
Depois que localizou o controle remoto, no móvel abaixo da tela, o secretário de administração aumentou o volume no nível máximo, posicionou os celulares próximos à TV, se aproximou bem dos representantes da empresa – já surpresos – e disse, – Nosso governo está disposto a buscar esse recurso. Vamos entregar tudo que for necessário, mas queremos 15% do bruto. Sem isso, vamos deixar pra lá -.
Ana Maria Braga, após degustar um prato qualquer, gritou “Hum”. O Louro José, alegre, começou o balanço limitado de fantoche.
O texto acima é ficção. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.
Começo citando os exemplos de silogismos que alguns poucos aprenderam no compêndio da lógica de Kieseweter: “Caio é um homem, os homens são mortais, logo Caio é mortal” – e encerra-se assim raciocínio comum que transparece a todos exato, em se tratando de Caio, mas não em se tratando distintamente de si próprio, sua pessoa, sua própria vida. Caio era um homem em geral e devia morrer. Mas cada um em sua singular autorreflexão não é um Caio. Caio que morra lá quando quiser ou o destino determinar; nós não! Nós não somos o Caio. Caio era um homem ou poderia ser uma mulher em geral e assim poderá morrer quando se lhe aprouver à predestinação. Nós não somos Caio; não somos homem ou mulher em geral, somos homem ou mulher à parte, inteiramente à parte, então porque comigo ou conosco? Por que a morte vem bater à nossa porta assim? Isso é injusto e indevido segundo o destaque que nos autoatribuímos indiferentes às impessoalidades e imponderabilidades dos eventos trágicos que caem sobre os vivos como meteoritos, sem destinatário certo. Morrer? É ruim!
Núbia passou o resto da tarde muito triste e deprimida; percebera como lhe fora dito, que a morte era iminente, por isso arrumava suas poucas coisinhas numa trouxa para retornar às pressas à casa dos pais lá no longínquo interior do sertão de Carangola. Queria beijar os pais e abraçar os irmãos antes de morrer. Não importava trabalhar na cozinha de um simpático casal onde o cônjuge Dr. Apinagé (o nome é fictício) era médico respeitado e famoso na cidade, pois fora ele mesmo que a alertara do pouquíssimo tempo que lhe restava em vida, sinalizando no seu clássico silogismo clínico que nada se poderia fazer para salvá-la do triste evento final; logo ela, na flor da idade?
“Tramamocas, trocas e pedrocas” da pequena política.
A praça São João Batista é do povo como o céu é do avião. O piloto é automático.
Cala-te boca!
O governo de “Já Era” anda tão ruim, tão ruim, que até “Propininha Treitas” recusou convite para assumir secretaria mesmo sem ter sido convidado.
Cala-te boca!
A praça São João é do povo, mas o guincho é do irmão.
Cala-te boca!
Bifinho, que zorra é essa? Que zorra é essa Bifinho? Mais uma vez você perdeu os oficios enviados por Tincas. A partir de agora você está de castigo. Só vai receber R$ 16.800,00 de diárias. Preste atenção Bifinho!
Num certo reino o “monarca” planeja um golpe eleitoral para manter-se no poder.
Para esconder o estado lamentável de sua capital, vai pavimentar algumas ruas com ouro. O primeiro passo foi comprar uma esteira caríssima para facilitar o transporte das pedras da “mina” até os caminhões.
O equipamento foi instalado na chácara do todo poderoso Rasputizeek, inteligente idealizador da operação.
No reino, súditos fofoqueiros afirmam que a esteira custou 3 milhões, outros ainda mais linguarudos garantem ter custado 8 milhões.
O certo é que antes do “monarca” abraçar a coroa, a chácara preciosa de Rasputizeek vivia fechada, impossibilitada de operar por falta de licença. Hoje a propriedade irradia investimentos e muito brilho.
Alegre, Rasputizeek não cansa de gritar:
“O poder é gostoso demais! Viva o Rei! Viva o Rei!”
O governo de Pequenas Ilhas decidiu aumentar o IPTU. A iniciativa é autoritária. Da Câmara, o prefeito espera apenas o carimbo; do povo, obediência. As virtudes do projeto são inquestionáveis. Coisa feita na capital. Custou os olhos do cofre público.
Acelerador natalino
O governo mandou outro projeto para o blocão carimbar. O eixo-aliado vai ser o fiador do modesto empréstimo de R$ 5 milhões que o prefeito fará junto ao banco público mais próximo. O espírito natalino é mesmo arrebatador.
Freio
O vereador Dom Quixote decidiu pedir ao banco público para barrar o empréstimo natalino. A oposição sabe que não conseguirá frear o trator do governo na Câmara. A influência do prefeito sobre os vereadores aliados é um moinho de vento pesado.
Certo monarca pretende pavimentar as ruas do seu reino com ouro.
No caso específico, o precioso metal desperta atenção pelo tom diferenciado, um tanto escuro. Apesar da aparência singular, sem muito brilho, facilitará os planos de vossa majestade em se perpetuar no poder.
O objetivo é enganar o “populacho” com obras mal realizadas, tipo “ouro sonrisal”.
Por trás da iniciativa em prol do interesse público, está a pegada empresarial do todo poderoso “Rasputizeek”, dono da pedreira de onde sairá a base em “pedra granulada”.
Antes do ouro (que não sairá barato) é necessário uniformizar o solo das ruas com várias “granulometrias” de brita.
“Rasputizeek” vai ganhar muito dinheiro. Está todo prosa!
Resta saber se vai mudar a titularidade da chácara de onde extrai as pedras.
Talvez não seja necessário. Rasputizeek para tudo tem um jeito, sem fugir da aparente legalidade.
“Tramamocas, trocas e pedrocas” da pequena política.
Meu filho, o quê você vai ser quando crescer?
Olhe painho! Eu quero ser prefeito daquela cidade que parece uma ilha.
E você meu outro filho? Quais os seus planos para o futuro?
Eu não quero tanto painho. Quando meu irmãozinho for prefeito, eu vou querer indicar o chefe do trânsito, vou montar uma autoescola e comprar um guincho.
Cala-te boca!
O rabino “Itzak Robin” está cada vez mais convicto de sua fé.
Após fazer uma nova releitura da pedra do gênesis, ele danou a comprar pedreiras.
O objetivo do religioso é replicar as mensagens divina$.
Cala-te boca!
Dona “Socorro jabista” tem o mister de fortalecer o poder constituído.
Faltou combinar com o povo, já que o seu prefeito jabinho, muito enfraquecido, amarga quase 90 de reprovação.
Recomendamos que ela mude o nome do seu instituto particular da sociedade civil privada.
Nossa Ilhéus! Não faça isso com Jabes!
Cala-te boca!
O posto de saúde do Alto do Basílio foi reinaugurado, mas, por enquanto só tem vacinas e soros.
Depois que foi reaberto, vários moradores do Alto procuraram a unidade para tomar o soro antirrábico.
Muitos foram contaminados pela raiva depois que votaram no prefeito Jabinho e no vereador Raimundo.
Na madrugada da última sexta-feira, 31, um ex-vice-prefeito chegou em casa às 04 horas, depois de curtir a noite no Festival de Caranguejo de Canavieiras.
A esposa enfurecida cobrou explicações.
As justificativas esfarrapadas não convenceram. A moça ficou ainda mais chateada.
Infelizmente, a violência tomou conta da cena de ciúmes.
Dois cabos de vassouras foram quebrados durante a surra. O rapaz saiu com escoriações nos braços, nas pernas e numa das costelas. As pancadas não geraram fraturas, mas, caso tivessem gerado, não haveria dificuldades por falta de gesso.
Em nenhum momento o marido fanfarrão revidou. Aceitou o castigo de maneira exemplar, disposto a suportar a dor.
Consciente do seu erro e da sua tremenda cara de pau, o homem fugiu para a casa da mãe, onde amanheceu no sofá.
Isto pode acontecer com qualquer um. O desfecho é um exemplo a ser seguido. Numa situação dessa é sempre melhor apanhar e correr, assim que for possível. Revidar jamais!
Da próxima vez seja cauteloso. Esconda as vassouras quando sair de casa.
Essa estória é pura ficção. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.
Dona Margarida, dona de um restaurante e moradora de uma linda cidade do litoral nordestino, decidiu fornecer quentinhas para a secretaria de saúde local.
A dívida foi crescendo, crescendo e chegou a 200 mil.
Para receber o acumulado, dona Margarida foi “convidada” a pagar 30 mil ao “ex-manda chuva” da secretaria.
Pagou 15 para receber 100.
O restante, infelizmente (ou felizmente) será esquecido, já que janeiro trouxe mudanças.
Essa estória é pura ficção. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.
Quem foi ao Teatro Municipal de Ilhéus assistir ao espetáculo popular – O INSPETOR GERAL – fixou a verossimilhança com o lançamento do PSD e da sua pré-candidata a prefeita a cidade de Ilhéus a “Fidelíssima Deputada Ângela Souza”, ou melhor, para os que se dizem íntimos, simplesmente “Irmã Ângela”…
Como sou curiosa, fui aos dois espetáculos. O primeiro “um encontro entre a cidadania e a arte” – Diz, Paulo Skaf, Concordo plenamente com ele uma sátira em cordel diversificada pelos intensos e atual cenário político dessa cidade baseada no macro universo de Nicolai GOGOL, uma delícia para quem gosta de arte popular…Gargalhadas gostosas entre a plateia contagiada pela magia de um magnífico texto.
Já o segundo, continha em sua plateia uma diversidade de ideologias, mas muito recheio de pessoas uniformizadas com a SIGLA PSD, sem ter a mínima ideia do que acontecia…receberiam um lanche para balançar uma bandeira e aplaudir…além daqueles pseudo-intelectuais que acham que enganam parte do povo,os políticos de alguns municípios vizinhos, presidentes de partidos, sindicalistas, alguns vereadores, os vices Mário Alexandre (prefeito) e Otto Alencar (governador) e AS ESPOSAS DOS PMs PRESOS há mais de trinta dias.