50 TONS DE QUARTA-FEIRA DE CINZA
Por Marcos Pennha
Quem é carnavalesco de carteirinha sabe que a quarta-feira de cinza é um dia pelo qual o sujeito fica na maresia. Os dias e noites de carnaval são f … &%$#@ com ph da antiga farmácia. Literalmente. Nove meses depois da festa momesca, a população acorda ene vez multiplicada. Esse é o tom da festa, considerando que todos os caminhos levam ao sexo: os trajes, as músicas, as danças, …
Bom, abordarei o tema carnaval noutra oportunidade. O cerne da questão é a quarta de cinza. Quero falar do marasmo instalado em Ilhéus, desde “as priscas eras”, como diria o saudoso jornalista Eduardo Anunciação.
O espaço aqui não é suficiente para mencionar os mais variados tons de cinza, que contribuem com a matização da maré preta em que nada boa parte do ilheense. A seguir, o tom da situação da cidade.
# Sabe o que disse o Aedes Aegypti? O mosquito transmissor do vírus da dengue falou, em alto e bom tom: Absolutamente, estamos avançando. Estamos avançando.
# Paulo Atto, Barbosa Paixão, Ledívia Espinheira, Victor da Veiga, Adriana e Jabes Ribeiro moram em Salvador. Contudo, nenhum deles é o salvador da pátria de Ilhéus. São apenas filhos da pátria de Salvador.
# Os alunos da APAE não ficaram impacientes com a manchete de alguns blogs, que lhes classificaram como doentes. Eles deram demonstração de que, além de pacientes, são compreensivos, ao ponto de entender que os autores do absurdo são, provavelmente, estudantes internos, do setor de psiquiatria, do hospital Regional. Se escola tem paciente, é compreensível que hospital tenha estudante.
# O secretário de Desenvolvimento Social, Jamil Ocké, foi desmascarado, publicamente, quando disse que não foi realizado o repasse da APAE, por causa da lentidão da instituição em apresentar o documento de comprovação de recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). A diretora da escola, Socorro Pastor, declarou que o secretário “faltou com a verdade”. Socorro provou, documentalmente, que o secretário MENTIU, mesmo. Veloz tá sendo o descrédito da palavra de Jamil, que afiançou, na semana passada, que a verba ‘carimbada’, oriunda do governo federal, já se encontra na conta da prefeitura. Só que, até o fechamento desse artigo, hoje, 3 de junho, ainda não tinha sido repassada à APAE, conforme prometera o secretário. Duas alterações na vida de JAmil, que também é professor: Sua loja, Ponto 10, passou a se chamar Ponto 7; e seu nome, agora, é JAoitocentos. A continuar nesse ritmo, no final de quatro anos, as colunas sociais publicarão a foto de “JAzero Ocké, dono da loja Ponto (-) 10, ex-vereador licenciado e ex-secretário do Desenvolvimento Antissocial, sozinho na rua da amargura”. Escuta só o que tô alertando: ”Quem não ouve conselho, ouve coitado!”
# A oração inicial das sessões da Câmara de Vereadores: “Guarda Maria (Mãe do defensor do amor) Ilhéus, 24 h, dos escritos dessa gente que usa a letra fria da verdade, soltando o sarrafo pra valer, atiçando a polêmica, levantando agravo, mexendo nas peças do tabuleiro do xadrez da política. Que estejamos todos livres da boca dessa gente. Amém!”
A POLÍTICA E EU
Por Marcos Pennha
Eu já disse e repito que não tenho, nem nunca tive, a pretensão de ser candidato a nenhum cargo público eletivo popular. Se essa ideia passar por minha cabeça, retiro na hora. Antigamente, eu participava ativamente de reuniões partidárias, sempre que convidado por algum conhecido. Deixei, pelo seguinte: Ao participar da reunião do partido ‘A’, já achavam que eu era correligionário dessa agremiação política. Daí, ao aceitar participação em reunião do partido ‘B’, eu passava a ser tachado de traíra.
O motivo de minha participação era, simplesmente, pelo desejo de entender o que vai à cabeça dos políticos, sabedor de que todas as decisões da sociedade passam pela política. Como disse o filósofo grego Aristóteles, “o homem é um animal político”. Nas reuniões político-partidárias, nunca senti a preocupação dos partidários com as causas sociais. A impressão era de que a discussão girava em torno do abocanhar o quinhão maior do bolo de cargos. Ou seja, o povo é apenas um detalhe, como dizia a aluna Zélia Caridosa, personagem interpretada pela saudosa comediante Nádia Maria na Escolinha do Professor Raimundo (humorístico global do saudoso humorista Chico Anysio).
Por insistência de um conhecido, certa vez, fui filiado ao partido A. Passado o tempo, atendendo ao pedido de uma amiga, assessora parlamentar, desfiliei-me para me filiar ao partido B. Recentemente, por necessidade, consultei ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e, surpreso, descobri que estou filiado ao partido C, pode?
Com a experiência, cheguei à conclusão de que podemos fazer pelo social sem que estejamos, necessariamente, atrelados a partido político. Basta que se cobre, do eleito, através dos meios legais, que ele cumpra com suas obrigações. O político partidário sempre puxará a brasa para a sua sardinha.
Analisemos o exemplo da baiana cidade Ilhéus. Se o prefeito fosse Carmelita Ângela (PT) ou Jorge Luiz (PSOL), qual a ação do (a) eleito (a) e a opinião dos partidários diante do desempenho governamental? Com toda certeza, ambos estariam chorando mais do que o prefeito Jabes Ribeiro (PP). Esse pessoal que ‘bate’ impiedosamente no prefeito, alegando que nada foi realizado em 120 dias, estaria discursando: “Gente, vamos ter calma, porque 120 dias é muito pouco tempo pra consertar a bagunça deixada pelos últimos governos”.
NOSSA CARTA, NOSSA LUTA, NOSSA GENTE
Por Marcos Pennha
Espetacular a repercussão da “Carta ao Jabes Ribeiro” (Reveja aqui: http://www.blogdogusmao.com.br/2013/05/13/carta-ao-jabes-ribeiro/ ). Pessoas diversas concordaram com o conteúdo. Recebi opiniões, pessoalmente, bem como através do post do artigo e e-mail. É bom que se ressalte que tudo que escrevo é enviado o link às pessoas que conheço mais de perto, ou também o artigo, diretamente, no campo de mensagem, às que mantém comunicação comigo, apenas virtualmente. São aproximadamente 12 mil contatos de e-mail, adquiridos ao longo de 5 anos, que vão desde a gente simples até aquela conhecida publicamente, indo de políticos (com ou sem mandato), passando por líderes comunitários, artistas de diversas áreas, agentes da imprensa até os profissionais liberais de toda parte do globo terrestre. A informação é difundida rapidamente, em especial, quando se leva em consideração que há quem repasse aos seus amigos e conhecidos.
A concordância do conteúdo do manifesto significa que a carta não é minha, exclusivamente. É nossa! Os pontos abordados dizem respeito a nós, simples cidadãos, que anseiam por equilíbrio no funcionamento de governo e casa legislativa, ocasionando, consequentemente, uma sociedade justa e sustentável para todos.
O prefeito, nem qualquer outro detentor de mandato, não precisa ir aos meios de comunicação para responder aos questionamentos levantados. Conforme disse o articulista desse site, Mohammad Jamal: “… Contradiga-nos com trabalho e ações concretas; com empreendimentos voltados para as necessidades essenciais de toda nossa população, na saúde; educação; serviços urbanos; assistência social; comércio e indústria; infraestrutura, assistência aos moradores das áreas de risco, fiscalização competente e disciplinar, ordenamento efetivos na ocupação pelo comércio informal nas nossas ruas e praças etc …”
Confira aqui: http://www.blogdogusmao.com.br/2013/05/17/sobre-a-purgacao-das-verdades-indigestas/#more-99532
Do mesmo modo, não tenho a pretensão de achar que o que escrevemos aqui, ali, lá e acolá seja o suficiente para promover mudanças significativas. O papel da publicação é tão somente o de informar e alertar aos que ainda não acordaram para a verdade, a qual eu não me intitulo como dono. O artigo ou matéria deve ser lido com o fim de análise. O leitor deve tirar a própria conclusão. Assim faz a gente que pensa.
É importante que façamos mais do que alardear fatos. Em Ilhéus, há quem já venha agindo, em prol da coletividade, sem fazer alarde. Os processos movidos contra ex-prefeitos, pelo Ministério Público (MP), estão aí como exemplos.
MARCOS PENNHA E A REVISTA VEJA
Sr. Gusmão,
Quem frequenta o Bar do Zequito e vê por lá Marcos Pennha com uma simplicidade singular não sabe que está diante de um monstro da escrita, sou fã desse cara, escreve com uma leveza sem igual. Aproveito a oportunidade, pra pedir que ele publique uma carta que fez a revista Veja (falando sobre o marqueteiro Duda Mendonça) e foi tema de estudo de muitas Universidades no Brasil, aquela carta foi de arrasar.
Sucesso…
* Atendendo a solicitação, acima mencionada, no artigo Verdade Bandida (Confira aqui: http://www.blogdogusmao.com.br/2013/05/07/verdade-bandida/ ), a seguir a minha carta publicada na revista Veja, em 26 de janeiro de 2006, relacionada à matéria de capa da edição de 18 de janeiro de 2006: Desvio de dinheiro – Duda fez, Duda faz
CARTA AO JABES RIBEIRO
Por Marcos Pennha
Ilhéus, 13 de maio de 2013
Bom dia, boa tarde, boa noite, Jabes Souza Ribeiro. Aqui é o simples escrivão da população. Não se trata, tão somente, de rima, e sim de algumas verdades, as quais a nossa gente ilheense gostaria muito de falar contigo, escritas por Marcos Pennha, que, por acaso, esse cara sou eu. Marcos Pennha nunca pediu dinheiro, emprego ou qualquer favorecimento particular para ele, ou para outra pessoa, a nenhum político. Quem procede dessa maneira, tá credenciado a exigir que o detentor de mandato cumpra com suas obrigações perante aos ilustres cidadãos, consumidores, consequentemente, contribuintes da escorchante carga tributária imposta em nosso Brasil varonil.
Em primeiro lugar, desculpe-nos por te chamar, simplesmente, de Jabes e de você. Não encare como desrespeito. É que estamos falando com o cidadão, não necessariamente com o prefeito.
Peço, de antemão, que não me confunda com aqueles que passam em Ilhéus, 24 h diárias, ‘batendo’ em ti até você liberar o ‘fazmerrir’. Esse pessoal traveste-se de defensor da nossa humilde gente ilheense; porém, na verdade, não passam de apaixonados por ti, Jabes. Note que há até quem exiba, com orgulho, a tua foto, quando jovem, sem óculos e com cabeleira. O que querem é ser você. Ou melhor, desejam, ardentemente, sentarem na tua cadeira palaciana. Contudo, nessa situação, não é possível; senão, sentarão no teu colo. Ha, ha, ha, ha, ha, …
Brincadeira à parte, é deprimente ver certos políticos – os quais você, inteligentemente, arremessou-lhes na oposição – jogando ‘inocentes’ úteis contra quem eles elegeram como inimigos. Você, Jabes, há muitos anos na política, sabe muito bem que existem os políticos inescrupulosos, que costumam a usar os pseudo profissionais da comunicação, como se usa papel higiênico. É notório que esses ‘profissionais’ permitem-se a esse desrespeito próprio, e, tal qual o papel higiênico, quando não estão no rolo, estão na m … É o dia-a-dia de quem amealha migalhas em troca de fazer a defesa dos que só se interessam pelas causas meramente particulares.
Você, também, Jabes, é sabedor de que, em nossa pujante região sul da Bahia, existem inúmeros profissionais da comunicação respeitáveis. Só para exemplificar, citamos dois das duas maiores cidades dessa rica região: Gil Gomes, de Ilhéus, e Ramiro Aquino, de Itabuna.
Você, Jabes, está cumprindo o quarto mandato. Pela lei eleitoral vigente, você foi escolhido para governar, de novo, a bela Ilhéus. Milhares de pessoas entoaram o “Volta, Jabes. Volta, meu prefeito”. Você disse, na campanha, que era o mais preparado, o único experiente, capaz de tirar a cidade do caos em que se encontrava – e que ainda se encontra. Esse mesmo povo pensava que a coisa seria mudada assim num toque de mágica, com o simples espalhar do pó de pirlimpimpim. Por isso essa pressão sobre ti, entendeu?
VERDADE BANDIDA
Por Marcos Pennha
A notícia que Valderico Reis, ex-prefeito de Ilhéus, foi preso causou um rebuliço danado na cidade.
Depois, em nota divulgada na imprensa, o advogado do suposto preso declarou que não foi verdade o divulgado, afirmando que Valderico, na cerimônia de casamento do seu filho Júnior, teve um mal súbito.
O advogado aposentado Dr. Bonfá ligou para o programa diário Verdade Bendita, apresentado por Demmys Dorea na Conquista FM, na segunda-feira, 6 de maio. Ele explicou o caso, confirmando que não se tratou de prisão e que o citado ex-prefeito teve, mesmo, um mal súbito.
A seguir, a versão do Dr. Bonfá:
O normal é que o sujeito sinta-se mal, e chame o médico. Nesse caso, uma situação atípica. O ex-prefeito, vendo três sujeitos, perguntou a um dos convidados do casamento: “Quem são aqueles?” O convidado respondeu que se tratava de médicos. Vardé inquiriu: “Mas assim vestidos com os coletes pretos à prova de bala?” Fez a pergunta e daí … o famigerado mal súbito, forma sofisticada para expressar o desmaio. Um dos supostos médicos disse: “Vamos levá-lo para o hospital. A ambulância do SAMU tá aí fora”.
Ao transportar o paciente, que estava muito impaciente antes do desmaio, os supostos médicos introduziram-lhe na malfadada ambulância, que, por sinal, era diferente das convencionais. Toda na cor preta, e não vermelha.
Devido a longa distância da igreja para o dito hospital e excesso de automóveis na estrada, houve a demora de três horas para chegar ao destino. Daí o súbito mal entendido. Vardé esteve PRESO, sim, no trânsito. Sacaram aí o equívoco?
Bom, todo mundo sabe que o médico, não sendo veterinário, faz indagações ao paciente. Confira a seguir o diálogo.
(mais…)
REVERÊNCIA
Por Marcos Pennha
Madrugada de 2 de maio, exatamente às 4 h, levanto e corro para o meu escritório particular. Essa é a vantagem de ter o local de trabalho em casa, porque você já acorda na lida. Com sofreguidão, lembrei de que o meu pai e mestre maior, Genésio, completaria 89 anos de existência nesse plano terrestre, HOJE. Mas o PAI, Criador de tudo e de todos, mandou chamar-lhe para outro plano, outra missão. Em 2 de fevereiro, dia de Iemanjá, Genésio partiu. Portanto, três meses, sem a sua presença física.
Cada vez que digito alguma ideia para jogar “no ar”, o faço com uma música de fundo, que se passa no meu inconsciente. A música alimenta a alma. Para falar de meu pai, teria várias músicas que versam sobre pai e amigo. Conscientemente, escolhi “Meu querido, meu velho, meu amigo”, de Roberto Carlos.
“Esses seus cabelos brancos, bonitos, esse olhar cansado, profundo
me dizendo coisas, num grito, me ensinando tanto do mundo …
Genésio foi um pai herói. Passou por diversas situações de agruras, sempre pensando na sua família, que inclui seis filhos. A família era a sua bandeira. Mesmo trabalhando longe, a aproximadamente 250 km de distância, em Eunápolis, sempre vinha a Ilhéus, todo fim de semana, só para acompanhar a vida dos filhos, porque, segundo antiga propaganda de uma pomada para massagear o local machucado, “NÃO BASTA SER PAI. TEM QUE PARTICIPAR”. A conversa amena, o conselho, a ação, ou mesmo com a voz áspera. O objetivo, um só: Dar o melhor de si para os seus. Isso é o AMOR!

E esses passos lentos, de agora, caminhando sempre comigo,
já correram tanto na vida,
Meu querido, meu velho, meu amigo …
PRA FRENTE, ILHÉUS!
Por Marcos Pennha
Outro dia, ouvi o Doutor Bonfá (Personagem que participa do Programa Verdade Bem Dita, apresentado por Demmys Dorea, diariamente, de meio dia a 1 e meia da tarde, na Conquista FM 105,9) dizer que Ilhéus encontra-se estagnada. Ao lado sul da cidade, existe a questão da demarcação de terras indígenas. Enquanto na zona norte, a querela, criada pelo governo estadual, para a implantação do terminal de uso privativo (tup) para exportação exclusiva do minério de ferro vindo de Caetité/ BA. O empreendimento é uma Parceria Público/ Privada (PPP) entre governo e um grupo de mineração da Índia. Enquanto não dirimir essas dúvidas, não haverá empresário propenso a investir nessas áreas. Conclusão: Ilhéus parada. Ao sul, por causa dos índios. Ao norte, por culpa dos indianos.
Agora, apareceu outro fator de estagnação, que é a Câmara Municipal e o imbróglio para a formação das comissões. Houve uma eleição anulada, por conta de uma ação impetrada pela bancada de oposição, alegando que o resultado da eleição primeira não respeitou a proporcionalidade, sendo que nenhum dos opositores candidatou-se.
Semana passada, quarta-feira (24), por determinação da Justiça, outra eleição. Tudo ia muito bem, acontecendo tranquilamente, com as candidaturas sempre de dois vereadores do bloco de sustentação do governo e um da oposição. Até que chegou o momento da escolha dos componentes da Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final. Foram colocadas as candidaturas de professor Alzimário Belmonte (PP), Tarcísio Paixão (PSD) e Cosme Araújo (PDT), mais Gilmar Sodré (PMN). Foi criada uma celeuma, porque, pela lógica, claro que o vereador vice-líder da oposição, Cosme, ficaria de fora, pois o governo possui maioria na Casa. Os oposicionistas retiraram seus nomes das comissões eleitas e abandonaram o plenário, prometendo entrar na Justiça, de novo.
Gilmar Sodré apresentou-se como oposição. Pela questão partidária, ele é oposicionista, sim, junto com os outros dois do PMN (partido agora extinto, por ter fundido com o PPS e formado o Mobilização Democrática/ MD), James Costa e Lukas Paiva. O PMN, nas últimas eleições, compôs a coligação da candidata a prefeita professora Carmelita Ângela (PT), então vereadora.
Na prática, porém, só Lukas comporta-se como opositor. Gilmar e James, com o argumento de que foi eleito pelo povo, não declaram que é situação, nem oposição. Ambos votaram a favor do projeto, apresentado pelo governo, de mudança do regime celetista para estatutário. Também, acompanhando os vereadores da bancada governista, não aprovaram a fala da presidente da Associação dos Professores Profissionais de Ilhéus (APPI), Enilda Mendonça, antes da votação. Bom lembrar desse fato.
Não é a primeira vez que Liquinha, como é chamado o Gilmar, funciona como curinga na Câmara. Há quem diga: “Esse cara é do baralho!”. Em 13 de dezembro de 2006, Liquinha foi o suspeito de ter melado a eleição, já dada como certa, do então vereador Alcides Kruschewsky para presidente da Câmara. No apagar das luzes, Alisson Mendonça (PT) foi eleito pelo placar de 7X6. À época eram 13 vereadores. Hoje, 19.
O mencionado vereador é pequeno na estatura, porém grande em participação especial como pivô de articulações, em que não se sabe o que o povo ganha com isso. Recentemente, ele compareceu no encontro de partidários do PSDB na vizinha cidade Itabuna, que contou com a presença do deputado federal Jutahy Jr. e do deputado estadual Augusto Castro, presidente da sigla naquele município. O comentário é que Liquinha articula o seu ingresso no partido de Jutahy, já que a lei eleitoral permite a mudança, em caso do eleito pertencer a um partido extinto.
Essa jogada do vereador, que envolve controlar o partido em Ilhéus, ainda segundo o zumzumzum dos bastidores, tem a chancela do grupo jabista (É desse jeito que chamam o seguidor do prefeito Jabes Ribeiro/ PP). Rola também, à boca miúda, a conversa de que a livraria da família de Liquinha – Ele não se intitula dono da empresa – é fornecedora da prefeitura. Esse povo fala demais, mesmo não tendo o longo bico do tucano. Veja que dizem até que a tal livraria fornece cesta básica, pode? Inclusive, contam uma piada onde o eleitor pergunta ao vereador: “A cesta é grande ou pequena, vossa excelência?” E ele responde: “É um cestão. Cestão ferrados”.
O QUE FOI QUE EU FIZ?
Por Marcos Pennha
* O feed-back proporcionado pelos leitores dos artigos que escrevo é algo sensacional. A cada edição, aumenta o número de pessoas que interage comigo, através de comentários no post, e-mail e pessoalmente. Por esse motivo, sinto-me na obrigação de publicar o retorno, pois é de grande valia para todo cidadão, que se preocupa com a solução, ou minoração, dos problemas recorrentes na sociedade.
Conforme já declarei noutra oportunidade, aqui quem escreve é o cidadão, utilizando técnicas do jornalismo e linguagem adequada. Em verdade, sou um interlocutor espontâneo da população, a qual faço parte. O que escrevo é queixa da gente humilde, que não se sente em condições de ecoar suas reclamações relacionadas aos agentes públicos eleitos, através do voto popular. É dever nosso mencionar falhas, bem como cobrar providências daqueles que são subsidiados pelo dinheiro oriundo dos recursos públicos.
Assim procedemos de maneira respeitosa, falando diretamente com as partes envolvidas, sem rodeios, sem indiretas, nem chacotas. É desse jeito que se faz o jornalismo sério, priorizando a ética, o respeito aos leitores e também às partes mencionadas no processo. Às vezes, claro, utilizamos o bom humor. Entretanto, o fazemos com classe, sem agressão a ninguém. Dessa forma, o leitor vê a situação descontraidamente, melhorando o seu poder de análise.
É natural que cobremos seriedade do poder legislativo. Afinal, as prerrogativas, desse poder, são apresentar emendas para que se tornem leis integrantes da Lei Orgânica do Município (LOM), e FISCALIZAR o EXECUTIVO. O que nós, cidadãos, queremos é que tenhamos um legislativo operante, de verdade, nas suas atribuições, em especial no quesito fiscalização do executivo, apontando irregularidades e, principalmente apresentando alternativas de solução, tornando-se propositivo.
Declaro que não tenho nada de pessoal contra nenhum vereador. Reiteradamente, digo que não sou algoz da Câmara Municipal de Ilhéus, nem daqueles que fazem oposição ao governo.
O que fiz no artigo Radiografia Geral foi uma exposição de fatos históricos, não análise política. Quem cursou um bom primário, como eu tive essa sorte, interpretou bem o texto. Análise política trabalha com projeção baseada em conjecturas, hipóteses. Não houve nada de ofensivo às partes citadas no artigo.
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NOSSA ILHÉUS, NOSSO SÃO JOÃO
Por Marcos Pennha
“A fogueira está queimando em homenagem a São João …” “Com a filha de João, Antônio ia se casar. Mas Pedro fugiu com a noiva, na hora de ir pro altar …” “Olha pro céu, meu amor. Vê como ele está lindo. Olha praquele balão multicor. Como no céu vai sumindo …
Esses são trechos de algumas canções, que fizeram sucesso no São João de outras épocas. A música tem a capacidade de levar a gente ao passado, trazendo os bons momentos ao presente.
Lembro-me bem das boas festas juninas dos anos 70, 80 e 90. Tudo começava na semana do Santo Antônio com as reuniões religiosas nas casas até o dia 13 de junho, quando se comemorava o cognominado santo casamenteiro. No dia 29 de junho, o São Pedro, padroeiro das viúvas, que antigamente se trajavam de preto em sinal de luto.
Todavia, o grande prestigiado, mesmo, era o São João. Eta, festança boa! No passado, nem tanto distante, esse evento era uma manifestação familiar. Não que, hoje, não seja. É que, tá mais comercial. Tenho saudade daquele fulejo junino em toda Ilhéus, especialmente no nobre bairro Pontal, onde vivi infância e parte da juventude.
As ruas ornamentadas com as coloridas bandeirolas. As fogueiras, as quais eram construídas até por crianças, que saíam à cata de lenha. As iguarias típicas: amendoins torrados e cozidos, milhos cozidos e assados, bolos de diversos sabores, etc. Delícias preparadas pelas famílias. À noite, era aquele movimento de gente batendo nas portas, perguntando: “São João passou por aqui?” Bom aquele divertimento das quadrilhas (não essas formadas pelos malfeitores). Damas e cavalheiros naquela dança típica gostosa. Cavalheiros, trajando camisa xadrez e calça remendadas, usando chapéu de palha. Damas, com vestido rodado, quadriculado, exibindo a feição maquiada, com pintinhas na bochecha, batons nos lábios, realce nas sombracelhas e cabelo dividido ao meio, preso cada parte por um acessório chamado “maria chiquinha”.
RADIOGRAFIA GERAL
Por Marcos Pennha