
Reportagem do site Modais em Foco.
Entre os anos de 2000 a 2007 o Porto de Ilhéus, no Sul da Bahia, chegou a movimentar em média 720 mil toneladas ao ano. Em 2004, superou 1 milhão de toneladas. Até então, era um porto que se auto-sustentava apesar das limitações físicas de acesso, de profundidade e de equipamentos inadequados.
Vieram, contudo, os efeitos da falta de estrutura mais adequada para atender a um mercado que se deslumbrava altamente competitivo. Perdeu espaço, e a soja do oeste baiano, que era seu carro chefe, passou a ser movimentada por um concorrente que se adequou com infraestrutura e equipamentos eficientes para atender a um mercado em expansão.
Então, Ilhéus passou a contar apenas com as esporádicas movimentações das amêndoas do cacau, de uma magnesita que lhe caiu do céu, por uma questão de logística empresarial, e vez por outra algumas cargas cujo volumes eram poucos expressivos. Das 720 mil toneladas anuais, o que se viu foi uma brusca queda no desempenho do porto. A partir de 2008 a média anual recuou para 300 mil toneladas, uma retração na ordem de 58%. E para piorar, os pífios resultados registrados em 2018 e 2019, com 211 e 147 mil toneladas respectivamente, deixou claro que o porto entrou e está num caminho difícil de voltar aos bons e velhos tempos.
O Plano Mestre e o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento – PDZ do porto que sinalizaram para 2019 uma movimentação de 356 mil toneladas, deu 147 mil, menos da metade prevista. E “projetou” a taxa de crescimento até 2039 para 870 mil toneladas de carga e 324 mil passageiros em navios de cruzeiro marítimo. Projeções em devaneios, longe da realidade do porto.
O que está faltando? Mercado? (mais…)