
Em Itabuna, Bicalho e equipe atuam com profissionalismo. Em Ilhéus, o governo Jabes segue na base do improviso.
Governo Jabes nega informações ao Blog do Gusmão
Decidimos preparar uma reportagem comparativa sobre o combate à dengue em Ilhéus e Itabuna. Temos dados que provam que na cidade vizinha o trabalho acontece com seriedade e profissionalismo, em Ilhéus, o serviço é realizado com amadorismo e improviso.
Por exemplo: Itabuna tem 183 agentes em campo. Ilhéus possui 51.
Na tarde dessa quarta-feira, 16, o secretário de saúde de Itabuna, Paulo Bicalho, conversou com a nossa reportagem durante 24 minutos.
Bicalho, de maneira transparente e muito educado respondeu todas as nossas perguntas.
Já o chefe de vigilância à saúde da secretaria de Ilhéus, Antonio Firmo, prometeu nos responder ontem à noite, por e-mail. Perguntamos se podia designar outra pessoa para nos atender. Ele disse que informações técnicas sobre a dengue, só o próprio pode dar.
Ligamos novamente hoje pela manha. Antonio Firmo mais uma vez se recusou a prestar esclarecimentos por telefone, mas prometeu enviar por e-mail até as 16 horas.
Ouça um resumo das nossas conversas por telefone com o responsável pelo combate à dengue no município. O amigo visitante vai constatar que fizemos duas perguntas simples sobre uma política pública. As mesmas indagações foram respondidas tranquilamente pelo secretário de saúde de Itabuna.
Listamos as principais ações praticadas em Itabuna.
Ministério da saúde está prestes a liberar R$ 1, 7 milhão, resultado da audiência do prefeito Vane com o ministro Marcelo Castro, no início de março.
Itabuna tem 183 agentes de combate a endemias cobrindo 120.500 imóveis.
Ilhéus tem 51 agentes, segundo Antonio Firmo, chefe de vigilância à saúde da secretaria municipal. Perguntado sobre o número de imóveis de Ilhéus, preferiu não responder.
Itabuna promoveu a requalificação dos agentes por meio de um novo treinamento.
O “QG” da dengue de Itabuna tem laboratório próprio. Os resultados dos exames saem rapidamente.
Perguntado se o Pronto Atendimento (PA) da dengue, localizado no bairro Cidade Nova, possui o mesmo equipamento, o senhor Firmo preferiu não responder.
Em Itabuna a metodologia de aplicação do larvicida foi alterada. Antes era aplicado apenas em locais com água e larvas. Hoje, como prevenção, é colocado também em locais secos que podem acumular o líquido.
Itabuna tem três carros fumacê, mas são utilizados em bairros onde há comprovadamente grande infestação, pois a sua eficácia elimina apenas 10% dos mosquitos existentes.
A secretaria conseguiu 20 equipamentos de tratamento perifocal (em pontos estratégicos de difícil acesso).
431 agentes comunitários de saúde atuam no trabalho educativo quando visitam as casas. Eles distribuem material gráfico (panfletos).
Os imóveis fechados estão sendo visitados por meio de ordem judicial. A equipe da secretaria possui um chaveiro que evita o arrombamento das casas.
Itabuna decretou estado de emergência em novembro. Até 10 de março foram notificados 45 mil casos de dengue, febre chikungunya e zika (ao todo). Segundo Paulo Bicalho não há óbito registrado por conta da “tríplice virose”.
A secretaria realiza “faxinaços” todas as quartas-feiras nos bairros, com minitrio, e, funcionários visitando residências numa ampla mobilização. Os bairros São Caetano, Pedro Gerônimo, Santo Antonio e Conceição já receberam os “faxinaços”.
Itabuna montou um painel de guerra e tem contado com o apoio de muitos voluntários. As semanas epidemiológicas são consideradas como mecanismo de apuração dos casos notificados, local onde ocorreram e posterior combate ao mosquito.